Atualmente, quase 30 milhões de bebês em todo o mundo nascem prematuros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). No Rio Grande do sul, 13% de todos bebês nascem prematuros (menos de 37 semanas). Muitos fatores classificam uma gestação como de “Alto Risco”, que podem acarretar em complicações para a mãe e seu bebê. Os principais fatores são desde a idade materna até doenças que surgem durante a gravidez.
Por conta disso, é fundamental o reconhecimento precoce destes riscos antes e durante toda gestação. Com os avanços tecnológicos, tornou-se possível obter imagens nítidas das crianças e do interior da cavidade uterina, através da ultrassonografia.
Gestação de Alto Risco
Um fator que determina uma gestação de alto risco é a idade da mãe acima de 35 anos. Além disso, a paciente que já possui diagnóstico de doenças graves, como diabetes, hipertensão ou doenças do colágeno, assim como obesidade ou sobrepeso.
Existem riscos que podem ser detectados durante o acompanhamento da gestação, como gestação de gêmeos, gravidez concebida por fertilização ou a mãe que possui histórico de já ter obtido outro bebê prematuro.
Outros fatores de risco importante que determinam um risco maior de nascimento prematuridade é a detecção de colo curto. Estes fatores podem ser identificados através de exames adequados como a ecografia realizada em torno de 20 a 24 semanas de gestação.
Existem doenças maternas e fetais que podem surgir durante a gestação, como a pré-eclâmpsia, que acarreta em pressão arterial alta e outras alterações. Também existem outras doenças como a diabetes gestacional e outras alterações que podem alterar o crescimento fetal. Para essas e demais patologias, é possível a prevenção, através do rastreamento precoce e acompanhamento durante a gestação.
A etapa pré-natal é fundamental para identificar as possibilidades de doenças e riscos que podem surgir na gravidez da paciente. Nessa etapa o médico realiza o reconhecimento através do histórico da mãe, para assim buscar os exames e tratamentos necessários.
Para os casos de alto risco, orienta-se que o parto seja realizado em um hospital de referência, que possuem a disponibilidade de um suporte avançado. As estruturas de UTI neonatal e UTI materna podem ser essenciais para esses procedimentos, bem como equipes treinadas no atendimento de gestantes de alto risco. Além disso, o manejo baseado em protocolos que definam o melhor momento para o nascimento do bebê, é fundamental para preservar a segurança materna e fetal, buscando o melhor desfecho.
Medicina Fetal
A Medicina Fetal é a especialidade que reúne os conhecimentos da Obstetrícia aos estudos de exames de imagem, em especial a Ultrassonografia. A especialidade surgiu dos avanços da possibilidade de realizar diagnósticos de alterações na formação do feto pelo uso do ultrassom.
Os exames de ultrassom, ou ecografia, são feitos com utilização de uma sonda que emite um som (onda mecânica) para a obtenção das imagens. Com isso é possível avaliar o útero e o feto com detalhes. Recomenda-se realizar exames de ultrassonografia ao longo da gestação, com o objetivo de rastrear alterações passíveis de tratamento com medicamentos ou com procedimentos cirúrgicos intra-útero.
A ultrassonografia não causa nenhum prejuízo na mãe e seu bebê, uma vez que o som emitido não tem uma frequência capaz de apresentar problemas.